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Sem causa, Portugal limita trocas com Espanha

A Redes Energéticas Nacionais (REN) vai reabrir a interligação a trocas comerciais com Espanha a partir de amanhã, mas até 12 maio vai limitar a capacidade importadora a 1.00o megawatts (MW). Esta limitação é ainda o resultado do “processo de estabilização” após a situação de blackout verificada no dia 28 de abril, refere a empresa gestora das redes em comunicado.

Esta terça-feira e antes deste anúncio, fonte oficial REN justificava ao Observador a suspensão de trocas de eletricidade com Espanha com a necessidade de obter mais informação do lado espanhol sobre as causas do incidente que deixou às escuras a Península Ibérica na segunda-feira da semana passada. Esta atuação está concertada com o Governo português em nome da segurança de abastecimento. Apesar da capacidade nacional ser suficiente para responder ao consumo, Portugal está a pagar preços mais elevados do que pagaria se estivesse e importar de Espanha, uma situação que preocupa operadores do setor.

Portugal continua desligado da rede espanhola e a pagar mais porque REN aguarda mais informação (de Espanha) sobre razões do apagão

A reabertura parcial é conhecida no mesmo dia em que o primeiro-ministro espanhol está no Parlamento a dar explicações sobre o apagão que levou ao colapso da rede elétrica do país e de Portugal. Pedro Sánchez avisou que a investigação às causas da falha vai demorar tempo e fontes governamentais citadas pela imprensa espanhola admitem que a conclusão da investigação pode variar entre os três e os seis meses. O que não quer necessariamente dizer que não haverá algumas explicações preliminares sobre o que aconteceu.

O primeiro-ministro espanhol deu garantias de que tudo o que for apurado será público e serão assumidas responsabilidade, mas sublinhou que é preciso tempo: “O processo vai demorar o seu tempo porque é necessário examinar 756 milhões de dados” recolhidos junto de todos os operadores do sistema elétrico. Apesar de ainda não existir uma causa (ou causas) para o que sucedeu, o primeiro-ministro espanhol manifestou já algumas certezas alinhadas com as opções da política energética que tem promovido. E acusou a oposição do PP de estar a alimentar uma “manipulação gigante“, para favorecer as grandes elétricas ao estabelecer uma relação direta entre o apagão e o volume de energia renovável na rede e a decisão de desativar gradualmente as centrais nucleares.

Desconfiem de quem vos diga que isto veio das renováveis ou do nuclear porque não é assim. Na segunda-feira de 28 de abril o nosso sistema estava a operar com níveis de renováveis inferior a dias anteriores. O tema é muito mais complexo. Reduzir o assunto a renováveis/nuclear é uma manipulação gigante”.

O primeiro-ministro espanhol sublinhou que a decisão de encerramento do nuclear veio das empresas que estabeleceram um calendário entre 2027 e 2035 e realçou que nenhuma das elétricas pediu para adiar este objetivo. Sánchez afastou ainda qualquer prolongamento da capacidade nuclear que seja financiado pelos consumidores espanhóis e afirmou que não há qualquer estudo que aponte que esta tecnologia seja fundamental para a segurança do abastecimento.

“A energia nuclear demonstrou não ser uma solução efetiva para situações como a que vivemos. De facto, as centrais nucleares tiveram de parar. Antes do incidente, o nuclear estava a injetar 3.000 megawatts ao sistema e depois do incidente caiu a zero para evitar um sobreaquecimento. Também não contribuiu para recuperar o sistema”.

Neste debate, Pedro Sánchez fez ainda o elogio à forma como os espanhóis lidaram com o apagão. Em Espanha a normalização do fornecimento elétrico demorou quase 24 horas.

Sem explicações oficiais, continuam a surgir relatórios na imprensa espanhola que apontam para a ocorrência anómala de uma sucessão de falhas na rede elétrica nos dias que antecederam o apagão. Segundo o jornal El Mundo, o boletim diário da REE (Rede Elétrica de Espanha) registou quase vinte desconexões em cascata de linha e centrais solares em apenas um minuto. Esta sucessão de falhas considerada não habitual pelos especialistas ouvidos pelo jornal levou a quedas no fornecimento a uma refinaria da Repsol e à empresa que gere a rede ferroviária de alta velocidade.

A Redes Energéticas Nacionais (REN) vai reabrir a interligação a trocas comerciais com Espanha a partir de amanhã, mas até 12 maio vai limitar a capacidade importadora a 1.00o megawatts (MW). Esta limitação é ainda o resultado do “processo de estabilização” após a situação de blackout verificada no dia 28 de abril, refere a empresa gestora das redes em comunicado.

Esta terça-feira e antes deste anúncio, fonte oficial REN justificava ao Observador a suspensão de trocas de eletricidade com Espanha com a necessidade de obter mais informação do lado espanhol sobre as causas do incidente que deixou às escuras a Península Ibérica na segunda-feira da semana passada. Esta atuação está concertada com o Governo português em nome da segurança de abastecimento. Apesar da capacidade nacional ser suficiente para responder ao consumo, Portugal está a pagar preços mais elevados do que pagaria se estivesse e importar de Espanha, uma situação que preocupa operadores do setor.

Portugal continua desligado da rede espanhola e a pagar mais porque REN aguarda mais informação (de Espanha) sobre razões do apagão

A reabertura parcial é conhecida no mesmo dia em que o primeiro-ministro espanhol está no Parlamento a dar explicações sobre o apagão que levou ao colapso da rede elétrica do país e de Portugal. Pedro Sánchez avisou que a investigação às causas da falha vai demorar tempo e fontes governamentais citadas pela imprensa espanhola admitem que a conclusão da investigação pode variar entre os três e os seis meses. O que não quer necessariamente dizer que não haverá algumas explicações preliminares sobre o que aconteceu.

O primeiro-ministro espanhol deu garantias de que tudo o que for apurado será público e serão assumidas responsabilidade, mas sublinhou que é preciso tempo: “O processo vai demorar o seu tempo porque é necessário examinar 756 milhões de dados” recolhidos junto de todos os operadores do sistema elétrico. Apesar de ainda não existir uma causa (ou causas) para o que sucedeu, o primeiro-ministro espanhol manifestou já algumas certezas alinhadas com as opções da política energética que tem promovido. E acusou a oposição do PP de estar a alimentar uma “manipulação gigante“, para favorecer as grandes elétricas ao estabelecer uma relação direta entre o apagão e o volume de energia renovável na rede e a decisão de desativar gradualmente as centrais nucleares.

Desconfiem de quem vos diga que isto veio das renováveis ou do nuclear porque não é assim. Na segunda-feira de 28 de abril o nosso sistema estava a operar com níveis de renováveis inferior a dias anteriores. O tema é muito mais complexo. Reduzir o assunto a renováveis/nuclear é uma manipulação gigante”.

O primeiro-ministro espanhol sublinhou que a decisão de encerramento do nuclear veio das empresas que estabeleceram um calendário entre 2027 e 2035 e realçou que nenhuma das elétricas pediu para adiar este objetivo. Sánchez afastou ainda qualquer prolongamento da capacidade nuclear que seja financiado pelos consumidores espanhóis e afirmou que não há qualquer estudo que aponte que esta tecnologia seja fundamental para a segurança do abastecimento.

“A energia nuclear demonstrou não ser uma solução efetiva para situações como a que vivemos. De facto, as centrais nucleares tiveram de parar. Antes do incidente, o nuclear estava a injetar 3.000 megawatts ao sistema e depois do incidente caiu a zero para evitar um sobreaquecimento. Também não contribuiu para recuperar o sistema”.

Neste debate, Pedro Sánchez fez ainda o elogio à forma como os espanhóis lidaram com o apagão. Em Espanha a normalização do fornecimento elétrico demorou quase 24 horas.

Sem explicações oficiais, continuam a surgir relatórios na imprensa espanhola que apontam para a ocorrência anómala de uma sucessão de falhas na rede elétrica nos dias que antecederam o apagão. Segundo o jornal El Mundo, o boletim diário da REE (Rede Elétrica de Espanha) registou quase vinte desconexões em cascata de linha e centrais solares em apenas um minuto. Esta sucessão de falhas considerada não habitual pelos especialistas ouvidos pelo jornal levou a quedas no fornecimento a uma refinaria da Repsol e à empresa que gere a rede ferroviária de alta velocidade.

A Redes Energéticas Nacionais (REN) vai reabrir a interligação a trocas comerciais com Espanha a partir de amanhã, mas até 12 maio vai limitar a capacidade importadora a 1.00o megawatts (MW). Esta limitação é ainda o resultado do “processo de estabilização” após a situação de blackout verificada no dia 28 de abril, refere a empresa gestora das redes em comunicado.

Esta terça-feira e antes deste anúncio, fonte oficial REN justificava ao Observador a suspensão de trocas de eletricidade com Espanha com a necessidade de obter mais informação do lado espanhol sobre as causas do incidente que deixou às escuras a Península Ibérica na segunda-feira da semana passada. Esta atuação está concertada com o Governo português em nome da segurança de abastecimento. Apesar da capacidade nacional ser suficiente para responder ao consumo, Portugal está a pagar preços mais elevados do que pagaria se estivesse e importar de Espanha, uma situação que preocupa operadores do setor.

Portugal continua desligado da rede espanhola e a pagar mais porque REN aguarda mais informação (de Espanha) sobre razões do apagão

A reabertura parcial é conhecida no mesmo dia em que o primeiro-ministro espanhol está no Parlamento a dar explicações sobre o apagão que levou ao colapso da rede elétrica do país e de Portugal. Pedro Sánchez avisou que a investigação às causas da falha vai demorar tempo e fontes governamentais citadas pela imprensa espanhola admitem que a conclusão da investigação pode variar entre os três e os seis meses. O que não quer necessariamente dizer que não haverá algumas explicações preliminares sobre o que aconteceu.

O primeiro-ministro espanhol deu garantias de que tudo o que for apurado será público e serão assumidas responsabilidade, mas sublinhou que é preciso tempo: “O processo vai demorar o seu tempo porque é necessário examinar 756 milhões de dados” recolhidos junto de todos os operadores do sistema elétrico. Apesar de ainda não existir uma causa (ou causas) para o que sucedeu, o primeiro-ministro espanhol manifestou já algumas certezas alinhadas com as opções da política energética que tem promovido. E acusou a oposição do PP de estar a alimentar uma “manipulação gigante“, para favorecer as grandes elétricas ao estabelecer uma relação direta entre o apagão e o volume de energia renovável na rede e a decisão de desativar gradualmente as centrais nucleares.

Desconfiem de quem vos diga que isto veio das renováveis ou do nuclear porque não é assim. Na segunda-feira de 28 de abril o nosso sistema estava a operar com níveis de renováveis inferior a dias anteriores. O tema é muito mais complexo. Reduzir o assunto a renováveis/nuclear é uma manipulação gigante”.

O primeiro-ministro espanhol sublinhou que a decisão de encerramento do nuclear veio das empresas que estabeleceram um calendário entre 2027 e 2035 e realçou que nenhuma das elétricas pediu para adiar este objetivo. Sánchez afastou ainda qualquer prolongamento da capacidade nuclear que seja financiado pelos consumidores espanhóis e afirmou que não há qualquer estudo que aponte que esta tecnologia seja fundamental para a segurança do abastecimento.

“A energia nuclear demonstrou não ser uma solução efetiva para situações como a que vivemos. De facto, as centrais nucleares tiveram de parar. Antes do incidente, o nuclear estava a injetar 3.000 megawatts ao sistema e depois do incidente caiu a zero para evitar um sobreaquecimento. Também não contribuiu para recuperar o sistema”.

Neste debate, Pedro Sánchez fez ainda o elogio à forma como os espanhóis lidaram com o apagão. Em Espanha a normalização do fornecimento elétrico demorou quase 24 horas.

Sem explicações oficiais, continuam a surgir relatórios na imprensa espanhola que apontam para a ocorrência anómala de uma sucessão de falhas na rede elétrica nos dias que antecederam o apagão. Segundo o jornal El Mundo, o boletim diário da REE (Rede Elétrica de Espanha) registou quase vinte desconexões em cascata de linha e centrais solares em apenas um minuto. Esta sucessão de falhas considerada não habitual pelos especialistas ouvidos pelo jornal levou a quedas no fornecimento a uma refinaria da Repsol e à empresa que gere a rede ferroviária de alta velocidade.

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